terça-feira, 26 de maio de 2009

A primeira pedra

nem sempre
os vãos me cabem
às vezes rolo
fora da calha

carne de pescoço
que sou
fio de navalha
não me talha

cerco não me cerca
meu precurso
é incerto

meu telhado
é de vidro
e só por isso

atiço...

sou eu
quem atira
a primeira
pedra

Paulo Ednilson


amorTecido

NU em pêlo visto,
quando não apenas despido,
mas, quase reparido,
viria ao mundo
e ao mundo veria noutro menino.
se eu te fosse íntimo
como um vestido,
sobrepeles, um tecido de sentidos,
todo o ar tornaria-se gozo!
no sentido mais perigoso.

rodrigomebs.
http://frutafarta.blogspot.com

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