quinta-feira, 14 de maio de 2009


Poesia

eu te penetro
em, nome o do pai
do filho
do espírito santo
amém

não te prometo
em nome
de ninguém


Unplugged

quero botar no seu orkut
um negócio sem vergonha
um poema descarado
tá chegando fevereiro
e meu rio de janeiro
fica lindo e mascarado
quero botar no seu e-mail
um negócio por inteiro
eu não sou Zeca Baleiro
pra ficar cantando a mama
que ainda tem medo do papa
meu negócio é só com a mina
que me trampa quando trapa
meu negócio é só com a mina
que me canta ouvindo o Rappa


Pátri(A)mada

sóme queira assim caçado
mestiço vadio latino
leão feroz cão danado
perturbando o teu destino

só me queira enfeitiçado
veloz macio felino
em pêlo nu depravado
em tua cama sol a pino

só me queira encapetado
profanando àqueles hinos
malando moleque safado
depravando os teus meninos

só me queira desalmado
cão algoz e assassino
dupramente descarado
quando escrevo e não assino

Artur Gomes
in suor & cio - in couro cru & carne viva


O Coisa Ruim

me querem manso
cordeiro
sangrado
no festim dos canibais

me querem
otário
serviçal
salário apertado no bolso
cego mudo boçal

me querem acuado
rabo entre as pernas
medroso
um verme
pegajoso

ma seu sou
osso duro de roer
caroço
faca no pescoço
maremoto
tufão
furacão
mas eu sou cão
ladro mordo
ínsito a revolta deuses
toco fogo na cidade

qual Nero
devasto o lero lero
entro em campo
desempato

eu sou o que sangra
um poeta nato

Ademir Assunção

http://zonabranca.blog.uol.com.br

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