quinta-feira, 28 de abril de 2016

Oficina de Artes Cênicas - O Espelho



Oficina Artes Cênicas - O Espelho
SESC Campos -

de 5 a 26 de maio - das 15 às 18h
Tendo o Espelho como elemento cênico desenvolver uma pesquisa no universo surrealista do dramaturgo Espanhol Fernando Arrabal tendo como pano de fundo os textos: Fando e Lis e Guernica.
Com o ator poeta e Diretor de Teatral: Artur Gomes





domingo, 17 de abril de 2016

made in canalhice



made in canalhice

neste país de comício
difícil é quem escapa
das promessas falsas

e o povo no cadafalso
defendendo seu peixe frito
sua farinha de mandioca

liberdade liberdade
foi enforcada com Tiradentes
 os Silvérios dos Reis sobreviveram

hoje são os banqueiros
os empresários da fiesp
os pelegos sindicais

o Brasil hoje não tem mais
um Glauber Rocha
um Nelson Pereira dos Santos

só pastores travestidos de santos
muito mais pra satanás
e a justiça do supremo
: tanto fez como tanto faz.

Artur Gomes


sexta-feira, 15 de abril de 2016

são saruê 1



são saruê 1

o vento nordeste
atiça meu ser cabra da peste
assumo o risco
sou diabo sou curisco
boto a peixeira na cinta
pra pular fogueira
em noites de São João
meu Xangô Xangô menino
viva o povo nordestino
nosso deus é Lampião
Artur Gomes II
FULINAIMAGEM - A Poesia Proibida de Artur Gomes


segunda-feira, 11 de abril de 2016

cogito


há muito tempo que este país não tá pra peixe
naquela tarde era fim de ano. cantávamos Caetano em Teresina a cajuína era pouca. raspamos o tacho e não era mole a rapa dura. Olga me abriu o Magma um Mar de larvas de fogo. em cada palavra/poema de sete letras. em cada poema sete cabeças no jogo. levamos flores ao túmulo do poeta da tropicália. Medeiros não se conteve chorou a dor dos aflitos. e para aliviar o seu pranto berrou o poema: 

COGITO

eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível
eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora
eu sou como eu sou
presente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim
eu sou como eu sou
vidente
e vivo tranqüilamente
todas as horas do fim.

Torquato Neto

sexta-feira, 8 de abril de 2016

jazz free som balaio



Jazz Free Som Balaio
Para Moacy Cirne
gravada no CD fulinaíma sax blues poesia


ouvidos negros Miles trumpete nos tímpanos
era uma criança forte como uma bola de gude
era uma criança mole como uma gosma de grude
tanto faz quem tanto não me fez
era uma ant/Versão de blues
nalguma nigth noite uma só vez

ouvidos black rumo premeditando o breque
sampa midnigth ou aversão de Brooklin
não pense aliterações em doses múltiplas
pense sinfonia em rimas raras
assim quando desperta do massificado
ouvidos vais ficando dançarina cara
ao Ter-te Arte nobre  minha musa Odara

ao toque dos tambores ecos sub/urbanos
elétricos negróides urbanóides gente
galáxias relances luzes sumos prato
delícias de iguarias que algum Deus consente
aos gênios dos infernos
que ardem gemem Arte
misturas de comboios das tribos mais distantes
de múltiplas metades juntas numa parte

Artur Gomes