segunda-feira, 3 de maio de 2010

foto pele grafia



meus lábios em teus ouvidos
flechas netuno cupido
faca na língua língua na faca
a febre em patas de vaca
unhas sujas de Lorca
cebola pré sal com pimenta
na tua língua com coentro
tempero sabre de fogo
qualquer paixão reinvento
o corpo/mar quando agita
na preamar arrebenta
espuma/esperma semeia
sementes letra por letra
na bruma branca da areia
sem pensar qualquer sentido
grafito em teu corpo despido
poemas na lua cheia

arturgomes
http://pelegrafia.blogspot.com/


Amante I

o ser humano
é um pulsar pulsante
ante
pós
constante
que inunda o mundo
de vicerais amantes.


Karol Penido



fulinaíma blues poesia

Artur Gomes, Luiz Ribeiro e Fil Buc
Dia 21/5 em Macaé na
III Feira de RSE Bacia de Campos

Veja programação aqui: http://goytacity.blogspot.com/

a lavra da palavra quero
onde Mayara bruma
já me diz espero

saliva na palavra espuma
onde tua alma é uma
elétrica pulsação de Eros

a dança do teu corpo vero
onde tua alma luna
e o meu corpo impluma
valsa por laguna em beijos e boleros

Artur Gomes e Fil Buc – Overdose Politfônica




sorocaba blues – Artur Gomes, Reubes Pess e Ângelo Nani,
filmados na casa cenográfica em Taubaté, por Márcio
Vaccari e Andréia Moreira Lima





uma câmera indiscreta pelas ruas de Bento




tão pimenta tão petróleo – poema de Salgado
Maranhão, musicado e cantado por Zeca Baleiro





Sorocaba Blues

o cheiro de terra fendida
ainda está sob os sapatos
a carne assado ao sol
na poeira das estradas
sob o prato o gosto que restou da boca
o pudor dos seus guardados
o orgasmo que não veio

depois do primeiro susto
Virgínia então vem a mim
faminta com os seus desejos
mastiga da minha carne
e deixa as sobras
pros meus beijos

arturgomes
http://pelegrafia.blogspot.com

feito um verso viro o lado
e no (re)verso violado
feito um vírus violento
outro verso desvairado
me cai no átimo de um momento

remédio para o verso
eficaz nenhum conheço
sei que o tédio ao avesso
é um bom início é até capaz
confesso

faço versos quando inspirado
dropando um cut back a onda
do tormento
às vezes versejo só porque começo
outras só por mero esquecimento

Dedé Muylaert

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