quinta-feira, 13 de maio de 2010

uma caneta pelo amor de deus





Poema de Artur Gomes musicado e cantado por Luizz Ribeiro
Com participações de Sérgio Máximo(violão), Henrique(guitarra) e
Clara Brito (vocais)

Ind/gesta

uma caneta pelo amor de deus
uma máquina de escrever
uma câmera por favor
quero um computador
nem que seja pós moderno

vamos fazer um filme
vamos criar um filho
deixa eu amar a lídia
que a mediocridade
desta idade mídia
não coca cola mais
nem aqui nem no inferno

arturgomes
http://carnavalhagumes.blogspot.com/


fulinaíma blues poesia
Artur Gomes, Luiz Ribeiro e Fil Buc
Dia 21/5 em Macaé na
III Feira de RSE Bacia de Campos



Veja programação aqui: http://goytacity.blogspot.com/

A flor da pele

meus lábios em teus ouvidos
flechas netuno cupido
faca na língua língua na faca
a febre em patas de vaca
unhas sujas de Lorca
cebola pré sal com pimenta
na tua língua com coentro
tempero sabre de fogo
qualquer paixão reinvento

o corpo/mar quando agita
na preamar arrebenta
espuma/esperma semeia
sementes letra por letra
na bruma branca da areia
sem pensar qualquer sentido
grafito em teu corpo despido
poemas na lua cheia

arturgomes

http://pelegrafia.blogspot.com/

Amante II

Internamente
Cá dentro
O outro que não eu
envolve-se volta e revive
palavras de um léxico
disléxico
caduco
apagado
Recobra dores e amores
Inacabadas paixões
Reviravoltam-se os sentimentos
re-significa ilusões.

Karol Penido
http://aquarelaemversoa.blogspot.com/

Já não procuro a palavra exata
que me pudesse explicar:
ando pelos contornos onde todos os significados
são sutís,são mortais.
Não busco prender o momento belo:
quero vivê-lo sempre mais com a intensidade que exige a vida,
com o desgarramento do salto e da fulguração.
E me corto ao meio e me soltod e mim,duplo coração:
a que vive,
a que narra,
a que se debate
e a que voa-
- na loucura que redimeda lucidez
Lya Luft
Anímico
Nasceu no meu jardim um pé de mato
que dá flor amarela.
Toda manhã vou lá pra escutar a zoeira
da insetaria na festa.
Tem zoada de todo jeito:
tem do grosso, do fino, de aprendiz e de mestre.
É pata, é asas, é boca, é bico, é grão de
poeira e pólen na fogueira do sol.
Parece que a arvorinha conversa.
Adélia Prado

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