terça-feira, 1 de setembro de 2009

Amor amado

Entra amor
esta sala tem as tuas medidas
ninguém mais poderia
nunca ocupá-la
Teu nome está escrito
nas invisíveis paredes
que retém o ardente fogo
que emana das letras
do nome que eu semento
e cultivo
em minha alma: O teu nome
Entra e sai livremente
como se jamais portas
fossem inventadas
Quero ser para ti um templo
sem limites
sem regras
que não sejam as tuas próprias
Entra
e se queres
profana-me
pois tu és aqui
o único Deus.

Concha Rousia

NADA

é o que
parece
neste

RIO

que me
apetece


Jaciara

SOBRE UVAS


Esbagaço a uva
esmago o grão
devolvo a casca ao solo.

Agradeço o sumo
e me despeço
em cálices de adivinhações.

Deixo amadurecer o grão.
Fermentado. Ensolarado
adocica o sentido
contraditório da urgência.

Esbagaço o corpo e dedico
o tempo a retirar
o espaço entre os grãos.

Pedro Du Bois, inédito

http://pedrodubois.blogspot.com/
outros poemas:
http://valeemversos.blogspot.com/

Um comentário:

  1. Caríssimos, agradeço pela divulgação. Abraços e bom final de semana. Pedro

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