quinta-feira, 11 de agosto de 2011

mar amar ao mar



mar amar ao mar
derramar o líquido
no teu mar de dentro
e beber o líquido
do teu mar de fora
sugar tua língua
na maré crescente
com essa lua mansa
no teu corpo agora

meu sal meu sol meu sul
que re-invento
e tento não conter a lágrima
nem o cata/vento
a vela singra
a vela sangra
neste mar de angra
vou morrer de sede
ou vou morrer de fome

nas tuas pernas
quero o nome
tatuado em cima
no umbigo
quero a fonte
do teu leite embaixo
dos teus seios
quero tudo
do teu ventre
as costas que ao céu profano
e com os dentes rasgo
fosse pele mesmo ou fosse  pano
como se fosses mar
a transbordar marés
até gozar um oceano


artur gomes

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