Esfinge
o amor
não e apenas um nome
que anda por sobre a pele
um dia falo letra por letra
no outro calo fome por fome
e que a pele do teu nome
consome a flor da minha pele
cravado espinho na chaga
como marca cicatriz
eu sou ator ela esfinge
clarisse/beatriz
assim vivemos cantando
fingindo que somos decentes
para esconder o sagrado
em nosso profanos segredos
se um dia falta coragem
a noite sobra do medo
na sombra da tatuagem
sinal enfim permanente
ficou pregando uma peça
em nosso passado presente
o nome tem seus misterios
que se esconde sob panos
o sol e claro quando nao chove
o sal e bom quando de leve
para adoçar desenganos
na língua na boca na neve
o mar que vai e vem
não tem volta
o amor e a coisa mais torta
que mora lá dentro de mim
teu ceu da boca e a porta
onde o poema não tem fim
artur gomes
http://poeticasfulinaimicas.blogspot.com/
Vídeo filmado em Bento Gonçalves com a participação de Érica Ferri. trilha sonora de Zeca Baleiro sobre poema de Salgado Maranhão
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