http://collagensfulinaimicas.blogspot.com/
pOEsia tesão
teu nome
trans forma
ritual & gesto
não presto
porque te AMO
te AMO
porque NÃO presto
OiTI cica
Sendo fica
COSMO COCA
dAndo NÓ
ouro branco
língua rica
quanta Arte
no meu PÓ
Federico Baudelaire
ViAgens Insanas pelos INcravos da Rosa
http://federicobaudelaire.blogspot.com/
pOEsia tesão
teu nome
trans forma
ritual & gesto
não presto
porque te AMO
te AMO
porque NÃO presto
OiTI cica
Sendo fica
COSMO COCA
dAndo NÓ
ouro branco
língua rica
quanta Arte
no meu PÓ
Federico Baudelaire
ViAgens Insanas pelos INcravos da Rosa
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Ócio preguiçoso
Ocioso tempo [
a inércia dos antropo-
ilógicos
ou dos astro-
relógicos
na ir-regularidade
Karol Penido
Juras secreta 18
te beijo vestida de nua
somente a lua te espelha
nesta lagoa vermelha
porto alegre caís do porto
barcos navios no teu corpo
peixes brincam no teu cio
nus teus seios minhas mãos
e as rendas íntimas que vestias
sobre os teus pêlos ficção
todos os laços dos tecidos
e aquela cor do teu vestido
a pura pele agora é roupa
e o baton da tua boca
e o sabor da tua língua
tudo antes só promessa
agora hóstia entre os meus dentes
para espanto dos decentes
te levo ao ato consagrado
se te despir for só pecado
é só pecar que me interessa
Jura secreta 43
afora em mim grafitemas
nenhuma figuralidade
frutas legumes verduras
quem cala a fala consente
houve um dia que a dita/dura
calou a fala da gente
grafito em tua carne de pedra
medusa de sete patas
poema de sete cabeças
miragens do amor que enlouqueça
apóstolos na santa ceia
miró brincando de circo
de olho na lua cheia
Jura secreta 16
fosse esta menina monalisa
ou se não fosse apenas brisa
diante da menina dos meus olhos
com esse mar azul nos olhos teus
não sei se michelangelo da vinci
dalí ou portinari te anteviram
no instante maior da criação
pintura de um arquiteto grego
quem sabe até filha de zeus
e eu narciso amante do espelho
procuro o espelho em minha face
para ver se os teus olhos
já estão dentro dos meus
Jura Secreta 55
para Ana Gusmão
xangô é parte da pedra
exu fagulha de ferro
ogum espada de aço
faz do meu colo teus braços
oxossi carne da mata
iansã é vento fogo tempestade
yaemanjá água do mar
oxum é água doce
oxalá em ti me trouxe
te canto como se fosse
um novo deus em liberdade
Mar de Búzios
vaza sob meus pés
um rio das ostras
enquanto minha mãos em conchas
passeiam o mangue dos teus seios
e provocam o fluxo do teu sangue
os caranguejos olham admirados
a volúpia dos teus cios
quando me entregas o que traz
por entre as praias e permites desatar
todos os nós do teu umbigo
transbordando mar de búzios
- oceanos
atrlântico pulsar entre dois corpos
que se descobrem peixes
e mergulham profundezas
seja qual for a hora
em que ser beijam num pontal
em comunhão total com a natureza
Viagem Tropical
Ah! Meu amor
que maravilha!
apesar dessa quadrliha
tudo aqui vai muito bem
tudo aqui nada vai mal
isso aqui ainda é Brasílha
ou já é novo Pantanal?
a ostra e o vento
p/Branca Lima
fosse marcela uma ilha
deserta atlântica
maravilha
iria eu lá naufragar
fosse só algas e peixes
pérola ostra
armadilha
cabelos fossem só vento
seus olhos fossem só mar
Jura secreta 56
tens uma menina vadia
entre os teus olhos de ninfa
e o vulcão no teu umbigo
flor de lótus pele roxa
alguma alga marinha
na preamar das densas coxas
aberta mulher ao cio
desejo-te enquanto bebe come
onde provas do gozo ri e chora
teus beijos água de rio
mistério que me devora
Curto/circuito
quem disse que amor
é mudo
surdo
cego
não sabe o que carrego
em meu estado de surto
biologicamente fulinaímica falo
sensualidade em tua boca é mato
cama em que me basta e pasto
quando um deus fiat-lux
tendo a pólvora fez o fósforo
e deu-se a primeira explosão
bola de fogo sem limites
e nos espermas de uranos
michele sato já me disse
germinou-te eva e afrodite
o ser da tropicália a tropicanAlice
e sendo adão homem primeiro
deu-me as mãos para o direito
em devorArte pela arte inteira
vênus qualquer sendo de marte
tens dentro da carne brasileira
poderosas fibras na textura
santa mulher nossa senhora
a profanação pela loucura
para equilibrar o planeta onde mora
Injúria secreta
suassuna no teu corpo couro de cor compadecida ariano sábio e louco inaugura em mim a vida
pedra de reino no riacho gumes de atalhos na pedreira menina dos brincos de pérola palavra acesa na fogueira pós os ismos tudo é pós na pele ou nas aranhas na carne ou nos lençóis no palco ou no cinema a palavra que procuro é clara quando não é gema até furar os meus olhos com alguma cascata de luzd evassa em mim quando transcende lamparina que acende e transforma em mel o que antes era pus
poema/invenção/poema
te beijo vestida de nua
somente a lua te espelha
nesta lagoa vermelha
porto alegre caís do porto
barcos navios no teu corpo
peixes brincam no teu cio
nus teus seios minhas mãos
e as rendas íntimas que vestias
sobre os teus pêlos ficção
todos os laços dos tecidos
e aquela cor do teu vestido
a pura pele agora é roupa
e o baton da tua boca
e o sabor da tua língua
tudo antes só promessa
agora hóstia entre os meus dentes
para espanto dos decentes
te levo ao ato consagrado
se te despir for só pecado
é só pecar que me interessa
Jura secreta 43
afora em mim grafitemas
nenhuma figuralidade
frutas legumes verduras
quem cala a fala consente
houve um dia que a dita/dura
calou a fala da gente
grafito em tua carne de pedra
medusa de sete patas
poema de sete cabeças
miragens do amor que enlouqueça
apóstolos na santa ceia
miró brincando de circo
de olho na lua cheia
Jura secreta 16
fosse esta menina monalisa
ou se não fosse apenas brisa
diante da menina dos meus olhos
com esse mar azul nos olhos teus
não sei se michelangelo da vinci
dalí ou portinari te anteviram
no instante maior da criação
pintura de um arquiteto grego
quem sabe até filha de zeus
e eu narciso amante do espelho
procuro o espelho em minha face
para ver se os teus olhos
já estão dentro dos meus
Jura Secreta 55
para Ana Gusmão
xangô é parte da pedra
exu fagulha de ferro
ogum espada de aço
faz do meu colo teus braços
oxossi carne da mata
iansã é vento fogo tempestade
yaemanjá água do mar
oxum é água doce
oxalá em ti me trouxe
te canto como se fosse
um novo deus em liberdade
Mar de Búzios
vaza sob meus pés
um rio das ostras
enquanto minha mãos em conchas
passeiam o mangue dos teus seios
e provocam o fluxo do teu sangue
os caranguejos olham admirados
a volúpia dos teus cios
quando me entregas o que traz
por entre as praias e permites desatar
todos os nós do teu umbigo
transbordando mar de búzios
- oceanos
atrlântico pulsar entre dois corpos
que se descobrem peixes
e mergulham profundezas
seja qual for a hora
em que ser beijam num pontal
em comunhão total com a natureza
Viagem Tropical
Ah! Meu amor
que maravilha!
apesar dessa quadrliha
tudo aqui vai muito bem
tudo aqui nada vai mal
isso aqui ainda é Brasílha
ou já é novo Pantanal?
a ostra e o vento
p/Branca Lima
fosse marcela uma ilha
deserta atlântica
maravilha
iria eu lá naufragar
fosse só algas e peixes
pérola ostra
armadilha
cabelos fossem só vento
seus olhos fossem só mar
Jura secreta 56
tens uma menina vadia
entre os teus olhos de ninfa
e o vulcão no teu umbigo
flor de lótus pele roxa
alguma alga marinha
na preamar das densas coxas
aberta mulher ao cio
desejo-te enquanto bebe come
onde provas do gozo ri e chora
teus beijos água de rio
mistério que me devora
Curto/circuito
quem disse que amor
é mudo
surdo
cego
não sabe o que carrego
em meu estado de surto
biologicamente fulinaímica falo
sensualidade em tua boca é mato
cama em que me basta e pasto
quando um deus fiat-lux
tendo a pólvora fez o fósforo
e deu-se a primeira explosão
bola de fogo sem limites
e nos espermas de uranos
michele sato já me disse
germinou-te eva e afrodite
o ser da tropicália a tropicanAlice
e sendo adão homem primeiro
deu-me as mãos para o direito
em devorArte pela arte inteira
vênus qualquer sendo de marte
tens dentro da carne brasileira
poderosas fibras na textura
santa mulher nossa senhora
a profanação pela loucura
para equilibrar o planeta onde mora
Injúria secreta
suassuna no teu corpo couro de cor compadecida ariano sábio e louco inaugura em mim a vida
pedra de reino no riacho gumes de atalhos na pedreira menina dos brincos de pérola palavra acesa na fogueira pós os ismos tudo é pós na pele ou nas aranhas na carne ou nos lençóis no palco ou no cinema a palavra que procuro é clara quando não é gema até furar os meus olhos com alguma cascata de luzd evassa em mim quando transcende lamparina que acende e transforma em mel o que antes era pus
poema/invenção/poema
poema/invenção/poema
inventar o nada por de trás da tarde se é savary em olga tudo é quanto arde se em césar castro anjo antropofágico radiografando o trágico no corpo do pivete gol de letra do moleque federico serAfim
reinventar enfim com ferocidade como fogo em brasa pra não morrer de tédio por morar numa cidade onde nem a minha casa não mora mais em mim.
fulinaimicamente
do som dessa palavra
nasce uma outra palavra
fulinaimicamente
no improviso do repente
do som dessa palavra
nasce uma outra palavra
fulinaimicamente
brasileiro sou bicho do mato
brasileiro sou pele de gato
brasileiro mesmo de fato
yauaretê curumim carrapato
em rio que tem piranha
jacaré sarta de banda
criolo tô na umbanda
índio fui dentro da oca
meu destino agora traço
dentro da aldeia carioca
jackson do pandeiro
federico baudelaire
nas flores do mal me quer
artur rimbaud na festa
de janeiro a fevereiro
itamar da assunção
olha aí zeca baleiro
no olho do mundo cão
fulinaíma
misturei meu afro reggae a muito xote
do xaxado ainda fiz maracatu
maxixe frevo já juntei ao fox trote
quando dancei bumba meu boi em pernambuco
fulinaíma é punk rock
rasgando fados em bossa nova
feito blues
para pintar a pele branca de vermelho
e repintar a pele preta de azuis...
botei sanfona no rufar desse baião
tambor de minas capixaba no lundu
no paraná berimbau de capoeira
dancei em noites de lual no maranhão
mas em são paulo pedras quando rolam
pelos céus de nossas bocas meus irmão
fulinaíma azeita o caldo da mixtura
para fazer o que não jazz ainda soul
porção de restos de alguma partitura
que algum músico com vergonha recusou
por ser estranho o que naquilo descobriu
mas se a gente canta no cantar essa ternura
é que mamãe mamãe mamãe macunaíma
ainda chora pelas matas do Brasil
Goytacá Boy
gosto de cumer
a traça
e se és parte da raça
nesta selva
vira caça
se és humana
e ultrapassa
a espécie
do que caço
estás salva
dos meus dentes
mas se ainda
és curuminha
por onde vais e caminha
entre a cidade
e o matagal
pode inspirar
meu samba/enredo
e desfilar
entre os meus dedos
onde tudo é carnaval
drummundana itabirina
fedra margarida a resolvida
decidira desfilar pela última vez
portando falo
resolvera desnudar de vez
a sua outra mulher
brazílica amanheceu incrédula
cartazes faixas manchetes vozes vozerios
por todas as vias multmeios multvias
voziferavam: Não ao Sim
e margarida flor impávida
lá foi beira-mar contando estrelas no cruzeiro
e césar que não é castro
continuou a pigmentar seu mastro
no outro lado da tela
e um dia fedra sorrindo
com o pênis/baton da louca
foi ao boca de luar da Fedra
e voltou com o luar na boca
SagaraNAgens
guima meu mestre guima
em mil perdões eu te peço
por esta obra encarnada
na carne cabra da peste
da hygia ferreira bem casta
aqui nas bandas do leste
a fome de carne é madrasta
ave palavra profana
cabala que vos fazia
veredas em mais sagaranas
a morte em vida Severina
teu grande serTão vou comer
nem joão cabral severino
nem virgulino de matraca
nem meu padrinho de pia
me ensinou usar faca
ou da palavra o fazer
a ferramenta que afino
roubei do mestre drummundo
que o diabo giramundo
é o narciso do meu ser
lua cheia
tenho traficado como um bardo
farejado como um cão
coyote vira lata
por estas ruas de março
nesta cidade vadia
namorando a lua cheia
quando baixa no leblon
na sola do meu sapato
devorando a claudia raia
e mastigando este barato
olho de lince
onde engendro
a sagarana
invento
a sagaranagem
entre a vertigem
e a voragem
na palavra
de origem
entre a língua
e a miragem
mordendo: o vírus da linguagem
no olho de lince do poema
Engenho
engenho na palavra
é Arte
Arte na palavra
engenho
tenho a vida
como Arte
Arte como a vida
tenho
Detrito Federal
profano as tetas da vaca
e dou descarga na coisa privada
para limpar a coisa pública
estou aqui na república
império das empreiteiras
navios bancos fantasmas
laranjas vampiros de fato
dos esgotos surgem os ratos
nos palácios senados congressos
poeta não é o bobo da corte
poeta é pedra no sapato
governabilidade é o cacete
política não é só panfletagem
um país não é só a sacanagem
que se varre para baixo do tapete
dia d
reinventar enfim com ferocidade como fogo em brasa pra não morrer de tédio por morar numa cidade onde nem a minha casa não mora mais em mim.
fulinaimicamente
do som dessa palavra
nasce uma outra palavra
fulinaimicamente
no improviso do repente
do som dessa palavra
nasce uma outra palavra
fulinaimicamente
brasileiro sou bicho do mato
brasileiro sou pele de gato
brasileiro mesmo de fato
yauaretê curumim carrapato
em rio que tem piranha
jacaré sarta de banda
criolo tô na umbanda
índio fui dentro da oca
meu destino agora traço
dentro da aldeia carioca
jackson do pandeiro
federico baudelaire
nas flores do mal me quer
artur rimbaud na festa
de janeiro a fevereiro
itamar da assunção
olha aí zeca baleiro
no olho do mundo cão
fulinaíma
misturei meu afro reggae a muito xote
do xaxado ainda fiz maracatu
maxixe frevo já juntei ao fox trote
quando dancei bumba meu boi em pernambuco
fulinaíma é punk rock
rasgando fados em bossa nova
feito blues
para pintar a pele branca de vermelho
e repintar a pele preta de azuis...
botei sanfona no rufar desse baião
tambor de minas capixaba no lundu
no paraná berimbau de capoeira
dancei em noites de lual no maranhão
mas em são paulo pedras quando rolam
pelos céus de nossas bocas meus irmão
fulinaíma azeita o caldo da mixtura
para fazer o que não jazz ainda soul
porção de restos de alguma partitura
que algum músico com vergonha recusou
por ser estranho o que naquilo descobriu
mas se a gente canta no cantar essa ternura
é que mamãe mamãe mamãe macunaíma
ainda chora pelas matas do Brasil
Goytacá Boy
gosto de cumer
a traça
e se és parte da raça
nesta selva
vira caça
se és humana
e ultrapassa
a espécie
do que caço
estás salva
dos meus dentes
mas se ainda
és curuminha
por onde vais e caminha
entre a cidade
e o matagal
pode inspirar
meu samba/enredo
e desfilar
entre os meus dedos
onde tudo é carnaval
drummundana itabirina
fedra margarida a resolvida
decidira desfilar pela última vez
portando falo
resolvera desnudar de vez
a sua outra mulher
brazílica amanheceu incrédula
cartazes faixas manchetes vozes vozerios
por todas as vias multmeios multvias
voziferavam: Não ao Sim
e margarida flor impávida
lá foi beira-mar contando estrelas no cruzeiro
e césar que não é castro
continuou a pigmentar seu mastro
no outro lado da tela
e um dia fedra sorrindo
com o pênis/baton da louca
foi ao boca de luar da Fedra
e voltou com o luar na boca
SagaraNAgens
guima meu mestre guima
em mil perdões eu te peço
por esta obra encarnada
na carne cabra da peste
da hygia ferreira bem casta
aqui nas bandas do leste
a fome de carne é madrasta
ave palavra profana
cabala que vos fazia
veredas em mais sagaranas
a morte em vida Severina
teu grande serTão vou comer
nem joão cabral severino
nem virgulino de matraca
nem meu padrinho de pia
me ensinou usar faca
ou da palavra o fazer
a ferramenta que afino
roubei do mestre drummundo
que o diabo giramundo
é o narciso do meu ser
lua cheia
tenho traficado como um bardo
farejado como um cão
coyote vira lata
por estas ruas de março
nesta cidade vadia
namorando a lua cheia
quando baixa no leblon
na sola do meu sapato
devorando a claudia raia
e mastigando este barato
olho de lince
onde engendro
a sagarana
invento
a sagaranagem
entre a vertigem
e a voragem
na palavra
de origem
entre a língua
e a miragem
mordendo: o vírus da linguagem
no olho de lince do poema
Engenho
engenho na palavra
é Arte
Arte na palavra
engenho
tenho a vida
como Arte
Arte como a vida
tenho
Detrito Federal
profano as tetas da vaca
e dou descarga na coisa privada
para limpar a coisa pública
estou aqui na república
império das empreiteiras
navios bancos fantasmas
laranjas vampiros de fato
dos esgotos surgem os ratos
nos palácios senados congressos
poeta não é o bobo da corte
poeta é pedra no sapato
governabilidade é o cacete
política não é só panfletagem
um país não é só a sacanagem
que se varre para baixo do tapete
dia d
,
furai
a pele das partículas dos poemas
viemos das gerações neoabstratas
assistindo a belos filmes de Godart
inertes em películas de Truffaut
bebendo apocalipses de Fellini
em tropicâncer genocidas de terror
,
sangrai a tela realista dos cinemas
na pele experimental do caos urbano
,
tragai
Dali pele entre/ossos
Glauber rugindo enTridentes
na língua do veneno o gozo das serpentes
nos frascos insensíveis de isopor
,
caímos no poder do vil orgânico
entramos no curral dos artefatos
na porta de entrada os artifícios
na jaula sem saída os mesmos pratos
Querido Artur
Você é umas das mais bonitas provas do quanto a virtualidade é o mais concreto dos mundos. O que me tocou quando te conheci foi a sua forma de ressignificar as palavras. Cansada de ler “batatinhas quando nascem”, sempre desejei alguma coisa nova...
Alguma criação revolucionária que pudesse sair da mesmice, que pudesse mudar a vida, reinventando a paixão.
Suas palavras enlouquecem verbos, deliram na musicalidade de quem ama e deve também fazer estragos aos quadradinhos que querem rotular tudo numa corrente literária, sem compreender as energias que transcendem escolas. Dizer que admiro você, frente a este contexto, parece pouco:
EU DELIRO POR VOCÊ!!!!
Michèlle Sato
Leminski Ana 9
para Marisa Francisco
o estado pode ser de choque
ou quem sabe até de surto
o soco pode ser no estômago
a facada for ferir o fígado
o bandido me assaltar na via
o sangue explodir na veia
a vodka só me der asia
todo instante que vier eu curto
a palavra que pintar eu furto
tudo o que faço é poesia.
anjo torto
meninas para mim
serão sempre meninas
jóia rara coisa fina
cássia eller zélia duncan
marisa monte ana carolina
adriana calcanhoto
não sou mário sá carneiro
nem nasci em fevereiro
eu sou eu não sou o outro
não sou pilar da ponte de tédio
mas posso ser o intermédio
pra amenizar teu desconforto
não há fórmula nem remédio
eu sou mesmo o anjo torto
um tiro oculto na gramática 2
poeta diabo de 5 letras
uma metade homem
outra metade cometa
iluminado como sol
na garganta do futuro
espírito santo na boca
em cada palavra que procuro
Retalhos Imortais do SerAfim
atiro contra o tédio infame pedaços do meu corpo em prumo poemas refazendo em transe retalhos de um tecido em partes seguindo por segundo a trilha na etérea construção da arte
Foto.Grafia Urbana
entre a lâmina e o perfume
as garras do tigre nos teus dentes
Leminski Ana 9
para Marisa Francisco
o estado pode ser de choque
ou quem sabe até de surto
o soco pode ser no estômago
a facada for ferir o fígado
o bandido me assaltar na via
o sangue explodir na veia
a vodka só me der asia
todo instante que vier eu curto
a palavra que pintar eu furto
tudo o que faço é poesia.
anjo torto
meninas para mim
serão sempre meninas
jóia rara coisa fina
cássia eller zélia duncan
marisa monte ana carolina
adriana calcanhoto
não sou mário sá carneiro
nem nasci em fevereiro
eu sou eu não sou o outro
não sou pilar da ponte de tédio
mas posso ser o intermédio
pra amenizar teu desconforto
não há fórmula nem remédio
eu sou mesmo o anjo torto
um tiro oculto na gramática 2
poeta diabo de 5 letras
uma metade homem
outra metade cometa
iluminado como sol
na garganta do futuro
espírito santo na boca
em cada palavra que procuro
Retalhos Imortais do SerAfim
atiro contra o tédio infame pedaços do meu corpo em prumo poemas refazendo em transe retalhos de um tecido em partes seguindo por segundo a trilha na etérea construção da arte
Foto.Grafia Urbana
entre a lâmina e o perfume
as garras do tigre nos teus dentes
entre a língua do lagarto
e o olho das serpentes
entre o amor e o ciúme
à flor da pele
no tecido que seduz
ou na foto que revele.
amor de telenovela
amei uma mulher que não era
mas era como se fosse
como se fosse terra
como se fosse água
como se fosse fogo
como se fosse ar
como se fosse mata
como se fosse mar
como se fosse céu
como se fosse chuva
como se fosse chão
não era uma vera ficher
mas era como se fosse
não era a débora secco
mas era como se fosse
nem carolina dickman
mas era como se fosse
não era nicole kidman
mas era como se fosse
nem marieta severo
mas era como se fosse
não era uma imperatriz
mas o nosso castelo
era como se fosse
as Minas do Rei Salomão
amei esta mulher feliz
que era como se fosse
atriz de televisão.
20 de fevereiro
fosse quântico esse dia
calmo
claro
intenso
inteiro
20 de fevereiro
sendo assim esperaria
mesmo que em meio a tarde
tempestades trovoadas
insanidades
guerras frias
iniquidade
angústia
agonia
mesmo assim esperaria
20 horas
20 noites
20 anos
20 dias
até quando esperaria?
até que alguém percebesse
que mesmo matando o amor
o amor não morreria
LadyGumesAfrincan'sBaby
para Samaral in/memorian
meto meus dedos cínicos
no teu corpo em fossa
proclamando o que ainda possa
vir a ser surpresa
porque amor não tem essa
de cumer na mesa
é caçador e caça
mastigando na floresta
todo tesão que resta
desta pátria/indefesa.
ponho meus dedos cínicos
sobre tuas costas
vou lambendo bostas
destas botas neoBurguesas
porque meu amor não tem essa
de vir a ser surpresa
é língua suja/grossa/visceral/ilesa
pra lamber tudo o que possa
vomitar na mesa
e me livrar da míngua
desta língua portuguesa
Meta Língua
onde falo sagarana
leiam sagaranagem
junção de gana e garagem
engrenagem que move o mundo
músculo do automóvel
extirpado do sub-mundo
da grafia
da gramática
poema não matemática
linguagem prosa no verso
dos campos beijo as galáxias
em serAfim o concreto
revejo as liras de antes
em guimarães o projeto.
coragem mamãe
e o olho das serpentes
entre o amor e o ciúme
à flor da pele
no tecido que seduz
ou na foto que revele.
amor de telenovela
amei uma mulher que não era
mas era como se fosse
como se fosse terra
como se fosse água
como se fosse fogo
como se fosse ar
como se fosse mata
como se fosse mar
como se fosse céu
como se fosse chuva
como se fosse chão
não era uma vera ficher
mas era como se fosse
não era a débora secco
mas era como se fosse
nem carolina dickman
mas era como se fosse
não era nicole kidman
mas era como se fosse
nem marieta severo
mas era como se fosse
não era uma imperatriz
mas o nosso castelo
era como se fosse
as Minas do Rei Salomão
amei esta mulher feliz
que era como se fosse
atriz de televisão.
20 de fevereiro
fosse quântico esse dia
calmo
claro
intenso
inteiro
20 de fevereiro
sendo assim esperaria
mesmo que em meio a tarde
tempestades trovoadas
insanidades
guerras frias
iniquidade
angústia
agonia
mesmo assim esperaria
20 horas
20 noites
20 anos
20 dias
até quando esperaria?
até que alguém percebesse
que mesmo matando o amor
o amor não morreria
LadyGumesAfrincan'sBaby
para Samaral in/memorian
meto meus dedos cínicos
no teu corpo em fossa
proclamando o que ainda possa
vir a ser surpresa
porque amor não tem essa
de cumer na mesa
é caçador e caça
mastigando na floresta
todo tesão que resta
desta pátria/indefesa.
ponho meus dedos cínicos
sobre tuas costas
vou lambendo bostas
destas botas neoBurguesas
porque meu amor não tem essa
de vir a ser surpresa
é língua suja/grossa/visceral/ilesa
pra lamber tudo o que possa
vomitar na mesa
e me livrar da míngua
desta língua portuguesa
Meta Língua
onde falo sagarana
leiam sagaranagem
junção de gana e garagem
engrenagem que move o mundo
músculo do automóvel
extirpado do sub-mundo
da grafia
da gramática
poema não matemática
linguagem prosa no verso
dos campos beijo as galáxias
em serAfim o concreto
revejo as liras de antes
em guimarães o projeto.
coragem mamãe
numa canção do lenine o peixe está na rede o mar está com sede o rio agora chora onde esta cidade pedra veracidade medra eu te esfinjo drama onde a ferocidade fedra eu te desejo deda eu te devoro dama pensando a trama do torquato eu disse mamãe coragem a vida é sagaranagem fulinaíma é viagem te levo na minha bagagem não chora mamãe não chora
Baby é Cadelinha
devemos não ter pressa
a lâmina acesa sob o esterco de vênus
onde me perco mais me encontro menos
de tudo o que não sei
só fere mais quem menos sabe
sabre de mim baioneta estética
cortando os versos do teu descalabro
visto uma vaca triste como a tua cara
estrela cão gatilho morro:
a poesia é o salto de uma vara
disse-me uma vez só quem não me disse
ferve o olho do tigre enquanto plasma
letal a veia no líquido do além
cavalo máquina meu coração quando engatilho
devemos não ter pressa
a lâmina acesa sob os demônios de eros
onde minto mais porque não verus
fisto uma festa a mais que tua vera
cadela pão meu filho forro:
a poesia é o auto de uma fera
devemos não ter pressa
a lâmina acesa sob os panos
quem incesta?
perfume o odor final do melodrama
sobras de mim papel e resma
impressão letal dos meus dedos imprensados
misto uma merda a mais que tua garra
panela estrada grão socorro:
a poesia é os fausto de uma farra
poÉtica
tudo o que há em mim
é canto
tudo o que há em mim
é fala
por isso
mesmo quando Mudo
o que há dentro de mim
não cala.
Foto.Grafia anti Nuclear
meu objeto concreto
é um poema abstrato
impressionista
realista
quem sabe até
neo concretista
poderoso artefato
uma bomba de hiroshima
uma rosa parafina
ou quem sabe uma menina
que conheci
só no retrato
VeraCidade
porque trancar as portas
tentar proibir as entradas
se já habito os teus cinco sentidos
e as janelas estão escancaradas?
um beija-flor risca no espaço
alguma letras de um alfabeto grego
signo de comunicação indecifrável
eu tenho fome de terra
e esse asfalto sob a sola dos meus pés
agulha nos meus dedos
quando piso na augusta
o poema dá um tapa
na cara da paulista
flutuar na zona do perigo
entre o real e o imaginário
joão guimarães rosa
caio prado martins fontes
um bacanal de ruas tortas
eu não sou flor que se cheire
nem mofo de língua morta
o correto deixei na cacomanga
matagal onde nasci
com os seus dentes de concreto
são paulo é quem me devora
e selvagem devolvo a dentada
na carne da rua aurora
guimarães/rosa
a rosa de guimarães
não é apenas palavra prosa
muito menos pura poesia
ave palavra magma
grande sertão sagarana
veredas do mato dentro
a rosa de guimarães
é grande jardim planetário
na construção do espaço/tempo
que ainda hoje cultivo
no meu quintal imaginário
e colho dessa matéria
o essencial elemento.
sagração da primavera
se sou teu vinho
me beba
se sou tua carne
me coma
para matar a tua sede
para aumentar a tua fama
me leva
pra tua rede
me leva
pra tua cama.
elemento/fúria
teus dentes instigam
meus instintos
trama
em que a língua
tara
trafego tuas trilhas
e tramo a telha
que me der na tralha
palavra é instrumento solto
entre sorriso e dentes
enquanto língua em minha fala.
carNAvalha
beberei em teu sorriso
licores do céu da tua boca
mesmo suja de baton ou louca
em nossa sede visceral
quero teu cio baby
tuas dádivas de Vênus
amor é mais nunca de menos
que seja a vinho gin ou coca
que seja a ópio ou serpentina
lança perfume ou cafeína
beber teus olhos minha sina
FlorBela
fosse apenas uma menina
mesmo assim a rima
desce no mais íntimo
fundo do teu íntimo
muito pra lá de onde
a tua boca chora
onde a lágrima é brasa
e acende a chama quente
como um beijo líquido
no teu cio aceso
entre os teus seios entre
é onde falo no teu corpo agora
Indiscreta
outras imagens outras
se escrevesse ou me dissesse
e Clarisse ainda me disse
teu fogo inda me devora
arde queima consome
tua língua lambe meu nome
na bruma branca das horas
anjo em transe 1
Baby é Cadelinha
devemos não ter pressa
a lâmina acesa sob o esterco de vênus
onde me perco mais me encontro menos
de tudo o que não sei
só fere mais quem menos sabe
sabre de mim baioneta estética
cortando os versos do teu descalabro
visto uma vaca triste como a tua cara
estrela cão gatilho morro:
a poesia é o salto de uma vara
disse-me uma vez só quem não me disse
ferve o olho do tigre enquanto plasma
letal a veia no líquido do além
cavalo máquina meu coração quando engatilho
devemos não ter pressa
a lâmina acesa sob os demônios de eros
onde minto mais porque não verus
fisto uma festa a mais que tua vera
cadela pão meu filho forro:
a poesia é o auto de uma fera
devemos não ter pressa
a lâmina acesa sob os panos
quem incesta?
perfume o odor final do melodrama
sobras de mim papel e resma
impressão letal dos meus dedos imprensados
misto uma merda a mais que tua garra
panela estrada grão socorro:
a poesia é os fausto de uma farra
poÉtica
tudo o que há em mim
é canto
tudo o que há em mim
é fala
por isso
mesmo quando Mudo
o que há dentro de mim
não cala.
Foto.Grafia anti Nuclear
meu objeto concreto
é um poema abstrato
impressionista
realista
quem sabe até
neo concretista
poderoso artefato
uma bomba de hiroshima
uma rosa parafina
ou quem sabe uma menina
que conheci
só no retrato
VeraCidade
porque trancar as portas
tentar proibir as entradas
se já habito os teus cinco sentidos
e as janelas estão escancaradas?
um beija-flor risca no espaço
alguma letras de um alfabeto grego
signo de comunicação indecifrável
eu tenho fome de terra
e esse asfalto sob a sola dos meus pés
agulha nos meus dedos
quando piso na augusta
o poema dá um tapa
na cara da paulista
flutuar na zona do perigo
entre o real e o imaginário
joão guimarães rosa
caio prado martins fontes
um bacanal de ruas tortas
eu não sou flor que se cheire
nem mofo de língua morta
o correto deixei na cacomanga
matagal onde nasci
com os seus dentes de concreto
são paulo é quem me devora
e selvagem devolvo a dentada
na carne da rua aurora
guimarães/rosa
a rosa de guimarães
não é apenas palavra prosa
muito menos pura poesia
ave palavra magma
grande sertão sagarana
veredas do mato dentro
a rosa de guimarães
é grande jardim planetário
na construção do espaço/tempo
que ainda hoje cultivo
no meu quintal imaginário
e colho dessa matéria
o essencial elemento.
sagração da primavera
se sou teu vinho
me beba
se sou tua carne
me coma
para matar a tua sede
para aumentar a tua fama
me leva
pra tua rede
me leva
pra tua cama.
elemento/fúria
teus dentes instigam
meus instintos
trama
em que a língua
tara
trafego tuas trilhas
e tramo a telha
que me der na tralha
palavra é instrumento solto
entre sorriso e dentes
enquanto língua em minha fala.
carNAvalha
beberei em teu sorriso
licores do céu da tua boca
mesmo suja de baton ou louca
em nossa sede visceral
quero teu cio baby
tuas dádivas de Vênus
amor é mais nunca de menos
que seja a vinho gin ou coca
que seja a ópio ou serpentina
lança perfume ou cafeína
beber teus olhos minha sina
FlorBela
fosse apenas uma menina
mesmo assim a rima
desce no mais íntimo
fundo do teu íntimo
muito pra lá de onde
a tua boca chora
onde a lágrima é brasa
e acende a chama quente
como um beijo líquido
no teu cio aceso
entre os teus seios entre
é onde falo no teu corpo agora
Indiscreta
outras imagens outras
se escrevesse ou me dissesse
e Clarisse ainda me disse
teu fogo inda me devora
arde queima consome
tua língua lambe meu nome
na bruma branca das horas
anjo em transe 1
fosse o que apenas já foi dito escrito falado pensado não fosse tudo o que já foi maldito e nada do que nunca foi sagrado falo em tua boca enquanto um anjo em transe me ilumina tanto que mesmo mudo em tua língua canto como um diabo que subindo aos céus tentou muito mais de uma vez quem sabe gregório ou quem sabe castro descendo aos infernos como sempre fez talvez camões no corpo de um astro me lance infinita a chama da pornoGráfica lucidez
Marina de La Riva
Marina de La Riva
voz de onde me vem Marina mar de corais e sais ilhas tropicais em si em sóis em lá de onde me veme sta mulher em sons vocais e sendo ainda de la riva eu vi menina com tua iris feminina nos verdes campos canaviais
Jura Não Secreta
quero dizer que ainda arde
tua manhã em minha tarde
a tua noite no meu dia
quero dizer que ainda é cedo
ainda tenho o samba enredo
é só vestir a fantasia
quero ser teu mestre sala
e você porta/badeira
quando chegar na quarta feira
a gente inventa outra fulia
Jura secreta 45
de Dante a Chico Buarque todos poetas já cantaram suas musas beatriz são todas beatriz são tantas beatriz são muitas beatriz são quantas algumas delas na certa também já foram cantadas por este poeta insano e torto pra lhes trazer o desconforto do amor quando bandido beatriz são nomes mas este de quem vos falo não revelo o sobrenome está no filme sagrado na pele do acetato na memória do retrato beatriz no último atoda divina comédia humana quando deita em minha cama e come do fruto proibido
Black billy
ela tinha um jeito gal – fatal vapor barato
toda vez que me trepava as unhas como um gato
cantar era seu dom chegava a dominar a voz
feito cigarra
cigana ébria vomitando doses do seu canto
uma vez só subiu ao palco
estrela no hotel das prateleiras
companheira de ratos na pele de insetos
praticando a luz incerta no auge do apogeu
a morte não é muito mais que um plug elétrico
um grito de guitarra uma centelha
logo assim que ela começa
algo se espelha na carne inicial
de quem morreu
Pornofônico confesso
se este poema inocente
primitivo natural indecente
em teu pulsar navegante
entrar por tua boca entre dentes
espero que não se zangue
se misturar o meu sangue
em teu pensar quando antropo
por todas bocas do corpo
em total porno grafia
na sagração da mulher
me diga deusa da orgia
se também tu não me quer
quando em ti lateja e devora
palavra por palavra
por dentro e por fora
em pornofonia sonora
me diga lady senhora
nestes teus setenta anos
se nunca gozou pelos ânus
me diga bia de dora
num plano lítero/estético
qual cibernético ou humano
que te masturba ou te deflora
Brasília
goi áis cerrado bordado
vestido de cora coralina
as vezes me deixa encantado
outras vezes me alucina
me transforma em leopardo
nas garras da tua menina
piqui fruto do mato
olho de boi visgo de jaca
jaraguá jaquatirica
ceilândia olho de vaca
taguatinga em meu retrato
brasília em mim significa
sabor de carne mordida
lambida até o caroço
na boca da bia morena
que mora em meu poema
sem alarde
alvorada ou alvoroço
bolero blue
beber de conhac
em tua boca
para matar a febre
nas entranhas entre os dentes
indecente
é a forma que te como
bebo ou calo
e se não falo quando quero
na balada ou no bolero
não é por falta de desejo
é que a fome desse beijo
furta qualquer outra palavra presa
como caça indefesa
dentro da carne que não sai
vôo rasante
desce
ao mais secreto
ao submerso
submundo
desse mundo
que o amor
é mais propfundo
não cabe em superfície
só no fundo
Jura Secreta 54
Jura Não Secreta
quero dizer que ainda arde
tua manhã em minha tarde
a tua noite no meu dia
quero dizer que ainda é cedo
ainda tenho o samba enredo
é só vestir a fantasia
quero ser teu mestre sala
e você porta/badeira
quando chegar na quarta feira
a gente inventa outra fulia
Jura secreta 45
de Dante a Chico Buarque todos poetas já cantaram suas musas beatriz são todas beatriz são tantas beatriz são muitas beatriz são quantas algumas delas na certa também já foram cantadas por este poeta insano e torto pra lhes trazer o desconforto do amor quando bandido beatriz são nomes mas este de quem vos falo não revelo o sobrenome está no filme sagrado na pele do acetato na memória do retrato beatriz no último atoda divina comédia humana quando deita em minha cama e come do fruto proibido
Black billy
ela tinha um jeito gal – fatal vapor barato
toda vez que me trepava as unhas como um gato
cantar era seu dom chegava a dominar a voz
feito cigarra
cigana ébria vomitando doses do seu canto
uma vez só subiu ao palco
estrela no hotel das prateleiras
companheira de ratos na pele de insetos
praticando a luz incerta no auge do apogeu
a morte não é muito mais que um plug elétrico
um grito de guitarra uma centelha
logo assim que ela começa
algo se espelha na carne inicial
de quem morreu
Pornofônico confesso
se este poema inocente
primitivo natural indecente
em teu pulsar navegante
entrar por tua boca entre dentes
espero que não se zangue
se misturar o meu sangue
em teu pensar quando antropo
por todas bocas do corpo
em total porno grafia
na sagração da mulher
me diga deusa da orgia
se também tu não me quer
quando em ti lateja e devora
palavra por palavra
por dentro e por fora
em pornofonia sonora
me diga lady senhora
nestes teus setenta anos
se nunca gozou pelos ânus
me diga bia de dora
num plano lítero/estético
qual cibernético ou humano
que te masturba ou te deflora
Brasília
goi áis cerrado bordado
vestido de cora coralina
as vezes me deixa encantado
outras vezes me alucina
me transforma em leopardo
nas garras da tua menina
piqui fruto do mato
olho de boi visgo de jaca
jaraguá jaquatirica
ceilândia olho de vaca
taguatinga em meu retrato
brasília em mim significa
sabor de carne mordida
lambida até o caroço
na boca da bia morena
que mora em meu poema
sem alarde
alvorada ou alvoroço
bolero blue
beber de conhac
em tua boca
para matar a febre
nas entranhas entre os dentes
indecente
é a forma que te como
bebo ou calo
e se não falo quando quero
na balada ou no bolero
não é por falta de desejo
é que a fome desse beijo
furta qualquer outra palavra presa
como caça indefesa
dentro da carne que não sai
vôo rasante
desce
ao mais secreto
ao submerso
submundo
desse mundo
que o amor
é mais propfundo
não cabe em superfície
só no fundo
Jura Secreta 54
moro no teu mato dentro não gosto de estar por fora tudo que me pintar eu invento como o beijo no teu corpo agora desejo-te pelo menos enquanto resta partícula mínima micro solar floresta sendo animal da mata atlântica quântico amor ou meta física tudoo que em mim não tem respostas metáfora d´alquimim fugaz brazílica beijo-te a carne que te cobre os ossos pele por pele pelas tuas costas os bichos amam em comunhão na mata como se fosse aquela hora exata em que despes de mim o ser humano e no corpo rasgamos todo pano e como um deus pagão pensamos sexo.
Sangração das Minas
quando penetrei teus Montes Claros
rocei os pêlos das montanhas brancas
flocos de neve entre as tuas coxas
onde a boca me engolindo falo/dedos
como se as Minas
no pátio não houvesse trancas
nem nos currais cancelas
como se o esperma
do meu corpo quente
fosse somente
o alimento delas
mastigado entre seus dentes
de jaguatirica
sangrado fui teu Ouro Preto
quando devorei tua Vila Rica
nina & louise
quando meus olhos te vêem
com àquelas meias listradas
e o vermelho nariz de palhaço
brinca em meu peito a infância
que nunca deixou de existir
guardada em algumas gavetas
das sete vértebras humanas
razão do ser que vivi
Esfinge 3
érica alice por quanto mais
eu não a visse estava ali
uma miragem
sem que eu fingisse
só voragem
uma mosca em minhas costas
tatuagem quase oposta
a mulher que em carne eu visse
me olhando bem de frente
com teus olhos de serpente
azuis que de repente
devoravam-me no que disse
lavra palavra
a lavra da palavra quero
quando for pluma
mesmo sendo espora
felicidade uma palavra
quando a lavra explora
se é saudade dói
mas não demora
e sendo fauna
linda como a flora
lua luanda
vem não vá embora
se for poema
fogo do desejo
quando for beijo
que seja como agora
Avatar
avatar/esfinge
o que importa?
se aberta a tua porta
me transporta para o mar
e a janela por detrás
das tuas costas
mostra a linha do horizonte
que divide o equador
estrada/ponte
que me leva
seja lá por onde for
sobre as ondas teresina
se queres que eu grite
a morte da natureza morta
antes pense Magritte
a natureza reta
de alguma palavra torta
sobre o sangue a flor da pele
Michelle nua me entorta
em ondas de mar e lua
Gisele levita atrás da porta
Funk Dance Funk
Sangração das Minas
quando penetrei teus Montes Claros
rocei os pêlos das montanhas brancas
flocos de neve entre as tuas coxas
onde a boca me engolindo falo/dedos
como se as Minas
no pátio não houvesse trancas
nem nos currais cancelas
como se o esperma
do meu corpo quente
fosse somente
o alimento delas
mastigado entre seus dentes
de jaguatirica
sangrado fui teu Ouro Preto
quando devorei tua Vila Rica
nina & louise
quando meus olhos te vêem
com àquelas meias listradas
e o vermelho nariz de palhaço
brinca em meu peito a infância
que nunca deixou de existir
guardada em algumas gavetas
das sete vértebras humanas
razão do ser que vivi
Esfinge 3
érica alice por quanto mais
eu não a visse estava ali
uma miragem
sem que eu fingisse
só voragem
uma mosca em minhas costas
tatuagem quase oposta
a mulher que em carne eu visse
me olhando bem de frente
com teus olhos de serpente
azuis que de repente
devoravam-me no que disse
lavra palavra
a lavra da palavra quero
quando for pluma
mesmo sendo espora
felicidade uma palavra
quando a lavra explora
se é saudade dói
mas não demora
e sendo fauna
linda como a flora
lua luanda
vem não vá embora
se for poema
fogo do desejo
quando for beijo
que seja como agora
Avatar
avatar/esfinge
o que importa?
se aberta a tua porta
me transporta para o mar
e a janela por detrás
das tuas costas
mostra a linha do horizonte
que divide o equador
estrada/ponte
que me leva
seja lá por onde for
sobre as ondas teresina
se queres que eu grite
a morte da natureza morta
antes pense Magritte
a natureza reta
de alguma palavra torta
sobre o sangue a flor da pele
Michelle nua me entorta
em ondas de mar e lua
Gisele levita atrás da porta
Funk Dance Funk
a noite inteira invento joplin na fagulha
jorrando cocker na fornalha
funkrEreção fel fala
fábio parada de Lucas é logo ali
trilhando os trilhos centrais do braZil.
rajadas de sons cortando os ínfimos
poemas sonoros foram feitos para os íntimos
conkretude versus conkrEreção
relâmpagos no coice do coração.
quando ela canta eleonora de lennon
lilibay sequestra a banda no castelo de areia
quando ela toca o esqueleto de Lorca
salta do som em movimento enquanto houver
e federika ensaia o passo que aprendeu com mallarmé
punkrEreção pancada onde estão nossos negrumes?
nunkrEreção negróide nada.
descubro o irado Tião Nunes
para o banquete desta zorra
e vou buscar em Madureira
a Fina Flor do Pau Pereira.
antes que barro vire borra
antes que festa vire forra
antes que marte vire morra
antes que esperma vire porra,
ó baby a vida é gume
ó mather a vida é lume
ó lady a vida é life!
Drummundo
eu sou drummundo e me confundo
na matéria amorosa
posso estar na fina flor da juventude
ou atitude de uma rima primorosa
e até na pele/pedra quando invoco
e me desbundo baratino
e então provoco umbarafundo cabralino
e meto letra no meu verso estando prosa
e vou pro fundo do mais fundo
o mais profundo mineral
guimarães rosa
Marçal Tupã
jorrando cocker na fornalha
funkrEreção fel fala
fábio parada de Lucas é logo ali
trilhando os trilhos centrais do braZil.
rajadas de sons cortando os ínfimos
poemas sonoros foram feitos para os íntimos
conkretude versus conkrEreção
relâmpagos no coice do coração.
quando ela canta eleonora de lennon
lilibay sequestra a banda no castelo de areia
quando ela toca o esqueleto de Lorca
salta do som em movimento enquanto houver
e federika ensaia o passo que aprendeu com mallarmé
punkrEreção pancada onde estão nossos negrumes?
nunkrEreção negróide nada.
descubro o irado Tião Nunes
para o banquete desta zorra
e vou buscar em Madureira
a Fina Flor do Pau Pereira.
antes que barro vire borra
antes que festa vire forra
antes que marte vire morra
antes que esperma vire porra,
ó baby a vida é gume
ó mather a vida é lume
ó lady a vida é life!
Drummundo
eu sou drummundo e me confundo
na matéria amorosa
posso estar na fina flor da juventude
ou atitude de uma rima primorosa
e até na pele/pedra quando invoco
e me desbundo baratino
e então provoco umbarafundo cabralino
e meto letra no meu verso estando prosa
e vou pro fundo do mais fundo
o mais profundo mineral
guimarães rosa
Marçal Tupã
meu coração marçal tupã
sangra tupi & rock and roll
meu sangue tupiniquim
em corpo tupinambá
samba jongo maculelê
maracatu boi-bumbá
a veia de curumim
para Jiddu Saldanha
arrancar do gesto
a palavra chave
da palavra a imagem xis
tudo por um risco
tudo por um triz
o trem bala
cospe esqueletos
no depósito da central
fuzil pode ser nosso brinquedo
- novo enredo -
para o próximo carnaval.
e pelas mãos do tempo levarei as tuas como cara/velas de um mar sem tempo ou eras quando a primavera ainda flor de lótus ou a flor do lácio quando abrir teus cios esta flor em pétala quando em teus cabelos pele flor e pêlos eu navegar teus rios te levarei por mares nunca dantes navegados lá onde descobrirei o mistério do azul nestes teus olhos planeta que ainda hei de habitar por dentro lá onde o centro do universo mora e meu verso ficará plantado em todos os segundos que viver na tua hora
EntriDentes 2
paixão é fome fogo festa
quando a foto traz o nome
quando o nome o fogo empresta
o vermelho na parede
o carnaval em tuas unhas
acende a fogueira de lácio
e olivácio salto em transe
no trampolim da tua boca
rasgando a carne que transpunha
as tuas roupas de bruxa
entre pêlos e tecidos
no espaço dos mistérios
na lâmina entre os dentes
a palavra em tua língua
na saliva das serpentes
como o veneno
mais profundo
lambendo os olhos do teu corpo
sob os lençóis do meio dia
enquanto o que pesa
é quanto vale
onde com sangue
escreveria
: se não fosses Eva quem seria?
Dani-se morreale
e pelas mãos do tempo levarei as tuas como cara/velas de um mar sem tempo ou eras quando a primavera ainda flor de lótus ou a flor do lácio quando abrir teus cios esta flor em pétala quando em teus cabelos pele flor e pêlos eu navegar teus rios te levarei por mares nunca dantes navegados lá onde descobrirei o mistério do azul nestes teus olhos planeta que ainda hei de habitar por dentro lá onde o centro do universo mora e meu verso ficará plantado em todos os segundos que viver na tua hora
EntriDentes 2
paixão é fome fogo festa
quando a foto traz o nome
quando o nome o fogo empresta
o vermelho na parede
o carnaval em tuas unhas
acende a fogueira de lácio
e olivácio salto em transe
no trampolim da tua boca
rasgando a carne que transpunha
as tuas roupas de bruxa
entre pêlos e tecidos
no espaço dos mistérios
na lâmina entre os dentes
a palavra em tua língua
na saliva das serpentes
como o veneno
mais profundo
lambendo os olhos do teu corpo
sob os lençóis do meio dia
enquanto o que pesa
é quanto vale
onde com sangue
escreveria
: se não fosses Eva quem seria?
Dani-se morreale
Se ela me pisar nos calos
Me cumer o fígado
Me botar de quatro
Assim como cavalo
galopar meus pêlos
devorar as vértebras
Dani-se
Se ela me vier de unhas
Me lascar os dentes
Até sangrar meu sexo
Me enfiar a faca
Apunhalar meus olhos
Perfurar meus dedos
Dani-se
Se o amor for bruto
Até mesmo sádico
Neste instante lírico
Se comédia ou trágico
Quero estar no ato
E Dani-se o fato
Deste sangue quente
Em tua boca dos infernos
Deixa queimar os ossos
E explodir os nossos
Poemas
Pós modernos
Profanalha Nu Rio
a flecha de são sebastião
como ogum de pênis/faca
perfura o corpo da glória
das entranhas ao coração
do catete ao largo do machado
onde aqui afora me ardo
como bardo do caos urbano
na velha aldeia carioca
sem nenhuma palavra bíblica
e muito menos avária
: orgasmo é falo no centro
lá dentro da candelária
Metáfora
cavalo passo em tua janela e sem rédeas arreios ou celas alazão que sou de selvagens pradarias lagarto a soltar a pele depois de 40 dias me verão eu tigre expulso das jaulas farejando a caça pelos becos das tardes onde estão os alucinados da cidade enquanto ardendo ao sol a carne do meu corpo de estrelas cadentes e luas menstruadas despeja sobre teus olhos uma enchurrada de palavras como as cachoeiras que ainda não conheces e delas ainda não provou do líquido que teima em escorrer entre as tuas coxas onde minha língua há de beber um dia em que os sentido me despertem e eu vá olhar os lírios nos pântanos.
Unplugged(não ria é sério)
quero botar no teu orkut
um negócio sem vergonha
um poema descarado
ta chegando fevereiro
e meu Rio de Janeiro
fica lindo mascarado
quero botar no teu e-mail
um negócio por inteiro
que eu não sou zeca baleiro
pra ficar cantando a mama
que ainda tem medo do papa
meu negócio é só com a mina
que me trampa quando trapa
meu negócio é só com a mina
que me canta ouvindo o rappa
Met/Áfora 2
não me verás lugar algum enquanto os dentes não forem postos e na mesa tenha espaço para todos esse país que atravesso corpo devasso grito na cara do silêncio na boca dos escravizados eu que venho das profundezas desse tempo escuro onde as caras soterradas no asfalto onde os homens de verde desejavam chumbo sobre nossas palavras não me verás lugar algum o rosto que em mim verás agora é uma máscara que o tempo se encarregou de moldurar sobre o pescoço.
Pétala em Transe: tipo graficamente
Me cumer o fígado
Me botar de quatro
Assim como cavalo
galopar meus pêlos
devorar as vértebras
Dani-se
Se ela me vier de unhas
Me lascar os dentes
Até sangrar meu sexo
Me enfiar a faca
Apunhalar meus olhos
Perfurar meus dedos
Dani-se
Se o amor for bruto
Até mesmo sádico
Neste instante lírico
Se comédia ou trágico
Quero estar no ato
E Dani-se o fato
Deste sangue quente
Em tua boca dos infernos
Deixa queimar os ossos
E explodir os nossos
Poemas
Pós modernos
Profanalha Nu Rio
a flecha de são sebastião
como ogum de pênis/faca
perfura o corpo da glória
das entranhas ao coração
do catete ao largo do machado
onde aqui afora me ardo
como bardo do caos urbano
na velha aldeia carioca
sem nenhuma palavra bíblica
e muito menos avária
: orgasmo é falo no centro
lá dentro da candelária
Metáfora
cavalo passo em tua janela e sem rédeas arreios ou celas alazão que sou de selvagens pradarias lagarto a soltar a pele depois de 40 dias me verão eu tigre expulso das jaulas farejando a caça pelos becos das tardes onde estão os alucinados da cidade enquanto ardendo ao sol a carne do meu corpo de estrelas cadentes e luas menstruadas despeja sobre teus olhos uma enchurrada de palavras como as cachoeiras que ainda não conheces e delas ainda não provou do líquido que teima em escorrer entre as tuas coxas onde minha língua há de beber um dia em que os sentido me despertem e eu vá olhar os lírios nos pântanos.
Unplugged(não ria é sério)
quero botar no teu orkut
um negócio sem vergonha
um poema descarado
ta chegando fevereiro
e meu Rio de Janeiro
fica lindo mascarado
quero botar no teu e-mail
um negócio por inteiro
que eu não sou zeca baleiro
pra ficar cantando a mama
que ainda tem medo do papa
meu negócio é só com a mina
que me trampa quando trapa
meu negócio é só com a mina
que me canta ouvindo o rappa
Met/Áfora 2
não me verás lugar algum enquanto os dentes não forem postos e na mesa tenha espaço para todos esse país que atravesso corpo devasso grito na cara do silêncio na boca dos escravizados eu que venho das profundezas desse tempo escuro onde as caras soterradas no asfalto onde os homens de verde desejavam chumbo sobre nossas palavras não me verás lugar algum o rosto que em mim verás agora é uma máscara que o tempo se encarregou de moldurar sobre o pescoço.
Pétala em Transe: tipo graficamente
em alguma esquina da tarde vejo em alguma vitrine que o sangue é vermelho em quem arde tipo graficamentee leio em teus olhos d´água em transversal transcendente a palavra: diagramação e deda é onde te beijo dédala mais tarde logo depois diante o computador no poema li teus olhos na tela quando um beija-flor me revela: não és pedra ou matéria in/odor és sim: pétala em transe e paixão as letras escorrem em teus dedos nas menchetes de um jornal semanário sem querer descobri teu diário onde já estão lá os segredos deste amor que me é profissão onde deito em teu corpo os vinhedos e em teu ser já deixei minhas mãos
antropofagicamente
antropofagicamente
this is the question
se é para matar a fome aline
se é para matar a sede alice
se é para cumer teu nome
metáfora tropicana
lambe a tropicAnalice
e com a letra que restar do sobrenome
reInvento a tropicália
vais me ter em sagarana
mordo teus lábios de cigana
e só tua boca me define
indicativo presente
olho dentro do teu olho
para que olhe na minha cara
e cara a cara me diga
a quantas anda a nossa briga
do nosso amor pela ética
se é tão estranha a poética
do só pensar lá na frente
que eu já até perdi a conta
nesse pretérito faz de contas
das quantas vezes
que já votei pra presidente
e o nosso país do futuro
que nunca chega no presente
Flor de Lótus
Eva é quando chegas
e te apossas dos meus lábios
por inteiro
como se arte fosses
e teu corpo flor de lótus
nascendo aqui na minha cara
quando me vens
com tais palavras
e me vira pelo avesso
Eva que enfim foste o começo
quando a maçã em mim devora
fogo do amor não tem segredo
chama que queima a qualquer hora
Luz do Sol
fosse-me então matéria prima
sendo mulher mais que uma rima
Vanessa artéria me atravessa
a veia aorta
e me transporta
a outros climas no cinema
e sendo nega
não me nega
a luz na pele
e sendo pele me revela
o quanto és gente
e sendo gente
me aporta
enquanto vela
e sendo ela
acende a chama
pelos mares que atravessa
terra/mãe
agora que pairas sobre o tempo
quando o tempo ainda é tempo
ou quando invento no meu corpo
este teu tempo de existir
e reInvento o que ainda não existe
ou quando o tempo já se foi
sem sequer se existisse
ou se não visses tudo em ti
se já passou
agora mãe
é quando terra ainda me lembro
de algum tempo
na ferrugem que ficou
roendo os ossos dos meus dedos
não tenhas medo
de dizer que ainda é cedo
se alguma lágrima
sai do tempo que brotou
Estrela de Fogo
Atiçais
tudo que em mim
ainda queima e arde
fogo com o sol da tarde
carne de maçã em desalinho
lua quando chega noite
por estas noites de março
entre os lençóis e o linho
um mar em nossa janela
estrela quando brilhante
acende meus olhos em brasa
e exalas por toda casa
até na matéria bruta
perfume de mulher
como açoite
faminto que sou como a fruta
e bebo teus lábios de vinho
terceiro ato
ana quando a vida não for sacana
a gente engendra a sagarana
inventa a sagaranagem
não te preocupes luisa
com o elo da nossa engrenagem
com a direção do vento norte
ou se vem do sul esta brisa
embaixo da tua camisa
palpitam dois lindo seios
e as minhas mãos alcançam em cheio
nas cenas que já escrevi
com os sonhos que prometeu
mas que agora não são mais teus
eles ficaram por aqui
anjo em transe 3
indicativo presente
olho dentro do teu olho
para que olhe na minha cara
e cara a cara me diga
a quantas anda a nossa briga
do nosso amor pela ética
se é tão estranha a poética
do só pensar lá na frente
que eu já até perdi a conta
nesse pretérito faz de contas
das quantas vezes
que já votei pra presidente
e o nosso país do futuro
que nunca chega no presente
Flor de Lótus
Eva é quando chegas
e te apossas dos meus lábios
por inteiro
como se arte fosses
e teu corpo flor de lótus
nascendo aqui na minha cara
quando me vens
com tais palavras
e me vira pelo avesso
Eva que enfim foste o começo
quando a maçã em mim devora
fogo do amor não tem segredo
chama que queima a qualquer hora
Luz do Sol
fosse-me então matéria prima
sendo mulher mais que uma rima
Vanessa artéria me atravessa
a veia aorta
e me transporta
a outros climas no cinema
e sendo nega
não me nega
a luz na pele
e sendo pele me revela
o quanto és gente
e sendo gente
me aporta
enquanto vela
e sendo ela
acende a chama
pelos mares que atravessa
terra/mãe
agora que pairas sobre o tempo
quando o tempo ainda é tempo
ou quando invento no meu corpo
este teu tempo de existir
e reInvento o que ainda não existe
ou quando o tempo já se foi
sem sequer se existisse
ou se não visses tudo em ti
se já passou
agora mãe
é quando terra ainda me lembro
de algum tempo
na ferrugem que ficou
roendo os ossos dos meus dedos
não tenhas medo
de dizer que ainda é cedo
se alguma lágrima
sai do tempo que brotou
Estrela de Fogo
Atiçais
tudo que em mim
ainda queima e arde
fogo com o sol da tarde
carne de maçã em desalinho
lua quando chega noite
por estas noites de março
entre os lençóis e o linho
um mar em nossa janela
estrela quando brilhante
acende meus olhos em brasa
e exalas por toda casa
até na matéria bruta
perfume de mulher
como açoite
faminto que sou como a fruta
e bebo teus lábios de vinho
terceiro ato
ana quando a vida não for sacana
a gente engendra a sagarana
inventa a sagaranagem
não te preocupes luisa
com o elo da nossa engrenagem
com a direção do vento norte
ou se vem do sul esta brisa
embaixo da tua camisa
palpitam dois lindo seios
e as minhas mãos alcançam em cheio
nas cenas que já escrevi
com os sonhos que prometeu
mas que agora não são mais teus
eles ficaram por aqui
anjo em transe 3
débora é Évora pela arte inteira flor que entrou na carne não por pura brincadeira mesmo se esvai é quando fica em todo o corpo o que é dela teus portugais em mim significa o quanto canta ou quando cala e aos meus olhos se revela tua linguagem em minha fala não quero nada que não queiras se não quiser palavra inteira te canto de outra maneira mesmo mudo surdo cego quero tudo de ti: não nego como a cor da tua peleque em minha pele passeia e o fluxo do teu sangue circulando em minha veia
Beatriz a Faustino
pudesse eu divagar pelos teus poros
bosque do teu reino em teus pêlos
mergulhar contigo o mar da fonte
atravessar da carne a pele a ponte
penetrar no orgasmo dos teus selos.
pudesse eu cavalgar por tuas crinas
no dorso cavalar onde deflora
deixando assim então de ser menina
e me tornar mulher por toda sina
no inferno céu da tua hora
Beatriz a Faustino
pudesse eu divagar pelos teus poros
bosque do teu reino em teus pêlos
mergulhar contigo o mar da fonte
atravessar da carne a pele a ponte
penetrar no orgasmo dos teus selos.
pudesse eu cavalgar por tuas crinas
no dorso cavalar onde deflora
deixando assim então de ser menina
e me tornar mulher por toda sina
no inferno céu da tua hora
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