baby cadelinha
devemos não ter pressa
a lâmina acesa sob o
esterco de vênus
onde me perco mais me
encontro menos
de tudo o que não sei
só fere mais quem menos
sabe
sabre de mim baioneta
estética
cortando os versos do teu
descalabro
visto uma vaca triste
como a tua cara:
estrela cão meu gatilho
morro
a poesia é o salto de uma
vara
disse-me uma vez quem não
me disse
ferve o olho do tigre
quando plasma
letal a veia no líquido
do além
cavalo máquina meu
coração quando engatilho
devemos não ter pressa
a lâmina acesa sob os demônios de Eros
onde minto mais porque não veros
fisto uma festa a mais que tua vera
cadela pão meu filho forro
a poesia é o auto de uma fera
devemos não ter pressa
a lâmina acesa sob os
panos quem incesta
perfume o odor final do
melodrama
sobras de mim papel e
resma
impressão letal dos meus
dedos imprensados
misto uma merda a mais
que tua garra:
panela estrada grão
socorro
a poesia é o fausto de
uma farra
Artur Gomes
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