era 95 e no lance de dados deu 5 quinta feira ouro preto os retalhos imortais do serafim entram em cena nos porões de brazilírica a república do faz de conta onde pastor de andrade na disputa passional por gigi da bateria instala o reino das propinas em campos dos goytacazes desde então denominada goyta city
federika lady gumes macabea e eu federico baudelaire os quatro cavaleiros do após calypso infiltrados nas entranhas desse desenredo inventamos então a mocidade independente de padre olivácio a escola de samba oculta no inconsciente coletivo para o que der e o que não der pois naquele mesmo instante percebemos que macabea era estrela que não sobe e se tornaria letra fora do nosso samba/enredo
federika não gosta do homem mas não gosta da mulher do homem e acha que lê não tem bala na agulha para segurar o trampo na hora do GH segundo clarice lispector e até hoje não entende como macabea continua a dar as cartas no presídio federal das artes cínicas ela conhece bem a peça em seus mínimos detalhes e sabe que o romance é pura conveniência para compra de votos em momentos de disputas eleitorais
federika desconfia que o meu samba é uma homenagem a ex-amante turca mas ela bem sabe que “em meu quintal rosinhas nunca mais” é citação de mamãe que é brega mas é xique mesmo assim mesmo joga da minha cara que ainda ando despetalando rosas mesmo sabendo que o espinho é mais embaixo e o meu samba mais em cima
eu tenho a faca entre os dentes
olho a rua e dou de cara
com nossa senhora de copacabana
minha ex-amante passeia de patins
ouvindo adriana calcanhoto
ao largo do canal
não choro mascaro minha dor
e lanço as mágoas pelo chão
o remédio é que não sou wally salomão
nem muito bem nem menos mal
costuro a nova mortalha
no país do carnaval
tire o seu piercing do caminho que eu quero passar com a minha dor – tinha eu meus pensamentos nos versos de nelson cavaquinho nessa versão pós punk de zeca baleiro mas federika não quer mais saber de porta bandeira da mocidade agora afirma que vai desfilar no império da serrinha da assembléia de deus do ministério de madureira elevo meus pensamentos para os anos 69 e como paulinho da viola ainda tenho o rio que passou em minha vida no meu coração que se deixou levar
federicobaudelaire
http://federicobaudelaire.blogspot.com/
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