Amor amado
Entra amor
esta sala tem as tuas medidas
ninguém mais poderia
nunca ocupá-la
Teu nome está escrito
nas invisíveis paredes
que retém o ardente fogo
que emana das letras
do nome que eu semento
e cultivo
em minha alma: O teu nome
Entra e sai livremente
como se jamais portas
fossem inventadas
Quero ser para ti um templo
sem limites
sem regras
que não sejam as tuas próprias
Entra
e se queres
profana-me
pois tu és aqui
o único Deus.
Concha Rousia
NADA
é o que
parece
neste
RIO
que me
apetece
Jaciara
SOBRE UVAS
Esbagaço a uva
esmago o grão
devolvo a casca ao solo.
Agradeço o sumo
e me despeço
em cálices de adivinhações.
Deixo amadurecer o grão.
Fermentado. Ensolarado
adocica o sentido
contraditório da urgência.
Esbagaço o corpo e dedico
o tempo a retirar
o espaço entre os grãos.
Pedro Du Bois, inédito
http://pedrodubois.blogspot.com/
outros poemas:
http://valeemversos.blogspot.com/
Caríssimos, agradeço pela divulgação. Abraços e bom final de semana. Pedro
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